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domingo, 1 de outubro de 2017

Fazias-te de songamonga


Era tão fácil Mariano.

Declaravas a ilegalidade, a inconstitucionalidade e mais dez mil “ades” uma, duas, trinta e duas, dez mil vezes, as vezes que quisesses e ainda podias pedir ao Rei que também o declarasse, e também aos teus parceiros europeus e, se fosse necessário, também a Sua Santidade a quem a coroa deve tributo.

Fazias-te de songamonga, coisa de que sabes tão bem fazer-te, não reconhecias os resultados políticos de um acto ilegal, mas nunca por nunca ser, mandavas que os teus polícias descascassem em civis desarmados até porque estas coisas não se resolvem com repressão.

Ainda agora a procissão está no adro.

A coisa só pode piorar e tu, Mariano, já não te safas de ter feito com que muitos catalães que não concordavam com a independência tivessem passado para o outro lado.

Não aprendeste nada com a derrota com que o teu antecessor foi esmagado quando tentou fazer atribuir, em vésperas de eleições, a responsabilidade de um ataque terrorista islâmico à ETA. As mentiras e agressões nunca dão bom resultado.

Como é evidente, o que hoje se está a passar em Barcelona e arredores não é um processo eleitoral. Não há forma de se poder credibilizar uma votação destas, mas o certo é que o acto político que puseste em marcha é imparável.

Perdeste, Mariano, uma boa oportunidade de ter razão.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.069/2017]

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Admirações admiráveis

MordilloAdmira-me que alguns comentadores estejam admirados por Cavaco ter mandado para o Constitucional a proposta de referendo aprovada pela Assembleia da República (Co-adopção por casais do mesmo sexo).

Mas esta gente que se dedica aos comentários (públicos, comunicação social, redes sociais e blogs) não tem obrigação de saber que o Presidente da República só tinha por opções ou a recusa do referendo ou o seu envio para fiscalização preventiva da constitucionalidade?

Alguém duvidaria que Cavaco viesse a não vetar a coisa que o seu PSD, o seu Governo e o seu Grupo Parlamentar inventou para se esquivar vergonhosamente das suas responsabilidades numa matéria da Assembleia da República sabendo-se que qualquer referendo "só tem efeito vinculativo quando o número de votantes for superior a metade dos eleitores inscritos no recenseamento"?
LNT
[0.034/2014]

domingo, 15 de junho de 2008

Botão Barbearia[0.527/2008]
Referendos

Só há dois referendos sobre a Europa que apoiaria em Portugal.

Um para saber se os portugueses querem continuar a fazer parte da União e o outro, caso a resposta fosse NÂO, se estariam de acordo em devolver as verbas que a União deu (e continua a dar) a Portugal.

Defendo, como sempre defendi, que as eleições legislativas são instrumento necessário e suficiente para que um governo possa decidir sobre os tratados internacionais, por maioria de razão, se esse governo tiver representatividade de maioria absoluta.

Todos os referendos que até hoje se realizaram em Portugal nunca conseguiram sequer atingir a quota mínima de votação para terem valor efectivo o que demonstra que a maioria dos cidadãos portugueses não atribuem aos referendos o significado que as elites lhe pretendem dar. São puro desperdício e o concurso a eleições legislativas com referendos nos programas (excluindo os constitucionalmente exigidos) significam cobardia política dos partidos políticos.

Seria preferível especificarem as acções para os mandatos do que prometer referendos sobre as políticas que defendem, porque assim os eleitores saberiam claramente quais as linhas que iriam ser seguidas e não teriam de ser submetidos a campanhas demagógicas que normalmente andam longe do essencial que se referenda.
The Lisbon Treaty clearly states it will take full control over the study and control of human reproduction. These are the exact laws China have to restrict couples to having ONE CHILD. Ireland's Tax Rates already penalise the family unit. What is Europe's Plan regarding Child-birth in wake of the European Equal Opportunity Committee calling for Abortion to be rigidly enforced, while subsidised by European Taxes.
No to Lisbon
Quanto ao que se passou com o resultado da Irlanda, mantenho a perplexidade ao observar que um número diminuto de europeus pode tornar inaplicável um tratado acordado por todos os Países que compõem a União.

Em democracia, se os governados não se revêem nas decisões dos seus governos têm instrumentos para demonstrar a sua discordância. Há no sistema referendário algo que combate a coerência do sistema democrático quando se verifica, como aconteceu na Irlanda, que o poder mandatado em eleições a um governo pode ser contrariado no decurso desse mandato.

O mínimo que o Governo irlandês tem a fazer depois disto (porque assinou o tratado em Lisboa) é pedir a convocação de eleições.
LNT
Rastos:
USB Link
-> Irlanda - Campanha do NÃO

domingo, 21 de outubro de 2007

Botão Barbearia[0.176/2007]
Interessa saber se Itália tem mais um deputado?

Cimeira de Lisboa 2007O referendo é o direito que em alguns países assiste aos cidadãos de se pronunciarem sobre certos assuntos de grande interesse nacional ou local.

Interesse local, em relação ao Tratado de Lisboa, não se vislumbra.

Interesse nacional, talvez, mas muito pouco.

Depois de termos visto que a coisa andou, na discórdia, à volta de mais um ou menos outro deputado, ou em torno de questões teológicas/filosóficas de uns gémeos absurdos nunca se questionando, por exemplo, se os ingleses têm de usar a moeda europeia ou se normalizam as suas métricas com os padrões europeus, pouco interessa este tratado, porque contém muito pouco de avanço na normalização de uma Europa única, social, política e estratégica.

Quanto a referendos sabe-se que este barbeiro entende que, tirando os referendos locais para se saber da colocação de um banco no jardim ou para abrir um novo passeio, não suscitam qualquer mobilização, o que aliás está taxativamente comprovado pela baixa adesão revelada nos três já realizados anteriormente sobre coisas muito mais práticas e de importância para as pessoas comuns.

Suponho que um referendo sobre o Tratado de Lisboa só possa servir para massajar o ego das chamadas elites ou de outros que têm pretensões a sê-lo.

Resta o incumprimento de mais uma promessa eleitoral, coisa sem relevo se comparada com os incumprimentos anteriores onde, aí sim, os portugueses se sentiram defraudados.
LNT